LIVRO "Matando Borboletas" de M. ANJELAIS [RESENHA]

Título: Matando Borboletas
Autor: M. Anjelais
Editora: Verus Editora, 2015
IBNS857686455X, 978857686455

Sinopse:
O primeiro amor, a inocência perdida, e a beleza que pode ser encontrada até nas circunstâncias mais perversas Sphinx e Cadence — prometidos um ao outro na infância e envolvidos na adolescência. Sphinx é meiga, compassiva, comum. Cadence é brilhante, carismático — e doente. Na infância, ele deixou uma cicatriz nela com uma faca. Agora, conforme a doença de Cadence progride, ele se torna cada vez mais difícil. Ninguém sabe ainda, mas Cadence é incapaz de ter sentimentos. Sphinx quer continuar leal a ele, mas teme por sua vida. O relacionamento entre os dois vai passar por muitas reviravoltas, até chegar ao aterrorizante clímax que pode envolver o sacrifício supremo.




   Eu nem me recordo direito como eu achei esse livro, estava em busca de algo diferente pra ler, sem aqueles clichês, mas também algo em que eu pudesse mergulhar na leitura. Definitivamente Matando borboletas foi a escolha mais certa que eu poderia ter feito. Sempre me interessei por assuntos como suicídio e sociopata mas nunca pude experimentar um ponto de vista como o exposto nesse livro.

       A história é narrada por  Sphinx, muito parecida com a mãe (Sarah Quinn) quando criança, quem conheceu sua melhor amiga (Leight Laitore) aos cinco anos e juntas no aniversário de Sarah fizeram um plano em que seriam  bem sucedidas e teriam filhos que seriam melhores amigos e posteriormente casariam. Como destino, o plano vai sendo concretizado e tanto Sphinx como Cadence (filho de Leight) crescem escutando sobre o plano. Entretanto, aos cinco anos, Cadence mata uma borboleta e a partir daí começo a ter um pé atrás com o tão brilhante menino por quem Sphnix demonstra tamanha admiração. Devido a uma atitude de Cadence contra Sphnix, Leight se muda pra Inglaterra e os predestinados melhores amigos são separados.
       Anos após esse acontecimento, Cadence é diagnosticado com uma doença terminal e como um de seus pedidos finais ele declara querer rever Sphinx, ela aceita e pra mim é nesse momento que a trama começa. A leitura é simples e fluída e você começa a se questionar sobre quem é o mais problemático, por um lado tem-se um menino perverso e manipulador e por outro tem-se uma menina submissa, insegura e claramente traumatizada que muitas vezes toma atitudes revoltantes (quantas vezes senti vontade de chacoalhar essa garota pra ver se ela acordava).
       Contudo, esse livro conseguiu me tocar, não sei se pela angústia que surge no momento em que você se imagina não conseguir nutrir uma única emoção e passar a vida inteira imitando as dos outros sem de fato compreende-las ou talvez ao observar a evolução psicológica da personagem Sphinx. Mais que tocada, posso dizer que esse livro me perturbou e abriu meus olhos para uma nova perspectiva perante relacionamentos abusivos. Acho válido alertar que quem procura um romance cujo amor é capaz de tudo, inclusive 'consertar' as pessoas, não irá encontrar nesse livro e isso é mais um ponto que eu gostei, é triste e um tanto cruel quanto a realidade.
       Enfim, convido todos a lerem e compartilharem comigo o impacto ou a falta dele que este livro causou em vocês.

       Boa leitura,

       Bruna Brumatti.

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